domingo, 18 de agosto de 2013

Não quer ser mal interpretado? Marque um café!

Todos já ouviram falar que apenas 11% (ou algo em torno disso) da nossa comunicação estão nas palavras. O resto se distribui entre outros dois fatores: o tom de voz e a expressão corporal.


Contudo, como a comunicação não é algo unilateral, não basta apenas garantir a melhor expressão daquilo que queremos comunicar. Em outras palavras, é importante saber também de que forma o outro lado está recebendo a mensagem. Por consequência, a meu ver, embora raramente citado, existe um outro fator que é tão ou mais importante do que todos os outros: a empatia.

Resumidamente, a empatia é a capacidade intelectual de se colocar no lugar do outro, neste caso, de quem está ouvindo a nossa mensagem. Diferentemente do tom de voz e da expressão corporal, a empatia não pode ser medida, isto porque se trata de um recurso que monitora toda a comunicação de forma subjetiva e talvez seja por isso que ela é pouco citada.

O fato é que hoje nos comunicamos muito mais do que jamais o fizemos. Com tantos recursos tecnológicos à mão, não há como nos isolarmos do mundo, a menos que optemos por isso. Mas se por um lado nossa comunicação aumentou, nosso contato presencial diminuiu, afinal esses recursos nos permitem economizar tempo e dinheiro.


Voltando ao fato de que apenas 11% da nossa comunicação estão nas palavras, e considerando que hoje escrevemos muito mais do que verbalizamos, tudo indica que a qualidade da comunicação corre sérios riscos.

Senti isso recentemente, quando alguém me disse que escrevi um "livro" para explicar algo que poderia ser descrito numa simples frase. Quem me disse isso tinha razão, afinal era o meu interlocutor. No entanto, como eu estava apenas escrevendo, não pude dispor de nada além dos tais 11% dos recursos de comunicação para me ajudar. E como tentei ser o mais didático possível, acabei tornando a mensagem longa e cansativa (para ele).



Bem, essa é uma questão interessante nos dias de hoje, ou seja, se procurarmos ser objetivos numa comunicação escrita, ela pode ser encarada como sincera ou dura demais e até desprovida de qualquer sentimento. Mas se procurarmos ser mais didáticos, a mensagem pode ser encarada como cansativa se discorrermos além dos limites de quem a lê. De qualquer forma, é óbvio, isso dificilmente teria acontecido se o interlocutor pudesse ouvir o tom da minha voz, a expressão do meu rosto e eu a dele.

A conclusão que a gente chega é que mesmo com todos os benefícios que os recursos tecnológicos nos trazem, os quais são inegáveis, corremos sempre o risco de sermos mal interpretados quando a comunicação não é presencial. Aliás, se no "cara a cara" isso já acontece, o que dirá de outra forma.

Por isso, quando tivermos algo mais profundo, ou polêmico, ou sério, enfim, quando tivermos algo que não queremos arriscar uma má interpretação, é melhor não arriscar.

Nesses casos, se pudermos elevar o nosso nível de comunicação dos limitados 11% para um outro patamar, por exemplo, falando ao telefone, isso já será muito melhor. Se ainda assim estivermos dispostos a diminuir os riscos de uma má interpretação, o Skype pode adicionar o recurso visual, o que será de uma ajuda ainda maior. Mas se quisermos mesmo contar com tudo que existe disponível para uma comunicação assertiva e eficaz, é melhor marcar logo um café, porque uma boa conversa olhando nos olhos jamais será substituída. 

A propósito, para um café é preciso tempo, mas pra quem está motivado a se encontrar com o outro o tempo sempre aparece.

by Dalton Cortucci

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