segunda-feira, 9 de julho de 2012

Não inclua os outros nos seus planos, pois o deles pode mudar.

Um cliente de Coaching me disse uma vez:
"Nenhum de meus filhos quer saber da empresa da nossa família. Será que não vou conseguir sequer morrer sossegado?".

É interessante como a gente imagina que aquilo que fizemos ou que fazemos é sempre a melhor escolha para os outros.

Obviamente, nossa forma de ser cria dificuldades para entender um pensamento diferente do nosso, sobretudo quando não tivemos experiência com ele. Por isso, aquilo que experimentamos acaba sendo a nossa receita para os filhos, para os amigos, ou mesmo para quem nos peça um conselho. 
Contudo, desejar que os outros sigam o mesmo caminho, o qual, para nós foi um sucesso, não passa de uma pretensão, pois nada garante que o destino que os outros desejam é o mesmo que um dia desejamos para nós.

Além disso, se nem nós somos confiáveis em entender nossos desejos e prever nossas reações, que dirá planejar alguma coisa que inclua os outros.

Quanta gente desejou ter um filho numa determinada profissão e para isso trabalhou com afinco para dar-lhe essa condição? Muitos conseguiram realizar esse sonho, mas muitos se frustraram, porque esqueceram de algo fundamental: seu filho não é você. Além disso, seu filho não está aqui para atender aos seus desejos, assim como você também não veio para atender aos desejos de seus pais.

O mesmo raciocínio vale para planejamentos afetivos, tais como encontrar o parceiro ideal, constituir uma família harmônica ou fazer uma romântica viagem.

De fato, planejar (e sonhar) é muito bom e nos motiva, mas desde que o façamos apenas considerando aquilo que podemos fazer por nós mesmos, sem esperar retorno por algo que fazemos pelos outros, o qual é apenas fruto de nosso desejo.

Será que existe algum problema em sonhar? 
Não, é claro que não. Mas desde que não cobremos dos outros nossos sonhos frustrados. Não podemos cobrar do outro ser o parceiro que sempre desejamos, assim como impedir uma eventual falta de harmonia entre os nossos filhos, ou que eles assumam a continuidade da empresa da família.

O fato é que muita gente vive sonhando e planejando coisas nas quais inclui os outros e quando os outros caem fora ficam reclamando e procurando culpados. Por isso, fazer as coisas por si mesmo é importantíssimo, mas considere que aquele que quiser acompanhá-lo deve também fazê-lo por si mesmo.

Na verdade, o mais importante compromisso é aquele que fazemos conosco, o resto é uma questão de administrar as situações que estejam fora de nosso alcance e ficar na torcida.

E tenha em mente que o dia em que você só esperar algo de si mesmo e nada além de si mesmo, vai perceber o quanto ainda lhe falta ser confiável para realizar aquilo que sonha e quanto os outros merecem de você a liberdade de escolha.

by Dalton Cortucci


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